Livro Traduzido | Resident Evil Archives II

O Resident Evil Database disponibiliza para todos os fãs brasileiros a tradução na íntegra do livro Resident Evil Archives II, uma verdadeira enciclopédia oficial da série.

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PARTE 6 – Palavras-Chave

UMBRELLA

ESCADARIA PARA O SOL

O lema da Umbrella Farmacêutica Inc. era “preservando a saúde das pessoas”. Por baixo desta proveitosa imagem pública, no entanto, a Umbrella mascarava um objetivo mais sombrio: o desenvolvimento ilegal de vírus e B.O.W.s (Armas Biológicas). A grande corporação internacional fora oficialmente fundada em 1968, mas a razão para sua fundação data de quase cem anos antes, em meados do século 19.

Durante este período de tempo, as manchetes dos jornais contavam histórias de exploradores intrépidos fazendo expedições na África. Henry Travis, membro da próspera companhia mercantil Travis Trading, resolveu seguir os passos deles, e usou o dinheiro de sua família para fundar sua própria expedição no continente. Ele publicou o resumo de sua jornada em uma enciclopédia de 72 volumes chamada “Pesquisa da História Natural”, mas seus registros meticulosamente detalhados foram julgados como produto de pura licença criativa. No fim, apenas algumas cópias dos volumes chegaram a ser publicadas, sendo vendidas como uma mera ficção.

Nas décadas seguintes, a Pesquisa da História Natural foi preservada por seu valor estético por um pequeno grupo de ávidos colecionadores. Pouco depois, ganhou nova estima nas mãos de Ozwell E. Spencer, membro de uma poderosa família nobre e mais tarde fundador da Umbrella. Spencer se interessou pela descrição no livro dos costumes de folclore regionais, particularmente pelos rituais da Tribo Ndipaya: eles diziam possuir uma flor, conhecida como “Escadaria para o Sol”, que dava grande poder aos que a consumiam.

Para descobrir mais sobre esta flor misteriosa, Spencer iniciou uma expedição à África em 1966, junto com o virologista James Marcus e seu nobre amigo Edward Ashford. Usando as descrições fornecidas na Pesquisa da História Natural, eles procuraram pelas terras da Tribo Ndipaya e eventualmente encontraram as antigas ruínas onde nascia a Escadaria para o Sol. Dentro das ruínas, eles encontraram uma câmara sagrada, o único lugar onde as flores cresciam. A câmara era conhecida como “O Jardim do Sol”.

As pesquisas na Escadaria para o Sol foram conduzidas inicialmente por Marcus e seu pupilo, o pesquisador-chefe Brandon Bailey. Aqueles primeiros dias foram brutais: O pequeno grupo foi forçado a encarar constantes ataques dos verdadeiros donos do jardim, os Ndipaya, sem garantias de que sua pesquisa um dia os levaria a algum lugar. Naquele ambiente hostil, até Marcus começou a desanimar.

Então, finalmente, depois de três meses de pesquisas, tudo foi compensado. Assim como Marcus teorizara, a flor carregava em seus botões um vírus nunca descoberto que podia recombinar o código genético de um organismo. Eles chamaram o vírus de “Progenitor”, e então nomearam a flor de “Flor do Progenitor”. Marcus rapidamente voltou com as flores para seu próprio laboratório.

Marcus queria se lançar na pesquisa do Progenitor, mas imediatamente chegou a um obstáculo: as flores cultivadas no laboratório não produziam o vírus Progenitor! Mesmo quando o ambiente foi ajustado para as mesmas condições da câmara africana – água, solo, temperatura, umidade, luz do sol – os botões não produziram o vírus. Marcus rapidamente gastou todo o estoque do vírus que tinha trazido da África, e um ano se passou sem resultados úteis.

CENTRO DE PESQUISAS DA UMBRELLA NA ÁFRICA

Em 1968, Spencer propôs a Marcus e Ashford a ideia de iniciar uma companhia como fachada para suas pesquisas virais. Este era o nascimento da Umbrella Farmacêutica Inc. Com a pesquisa do Progenitor ainda estagnada, Marcus aceitou o convite de Spencer para recomeçar sua pesquisa sob patrocínio da Umbrella. Ele esperava retornar para a África para continuar sua pesquisa no Progenitor, mas em vez disto, Spencer o transferiu para a direção do novo Complexo de Treinamento Administrativo da Umbrella, na cidade de Raccoon. Marcus ficou aborrecido por não poder participar em pessoa da pesquisa do Progenitor, mas relutantemente concordou quando lhe disseram que seu melhor aluno, Bailey, estaria no comando em seu lugar.

Quando Bailey voltou para a África, descobriu que soldados armados haviam retirado a Tribo Ndipaya das ruínas, e que o novo Centro de Pesquisas Africano já estava em construção. Bailey passou a supervisionar a construção do centro, e logo expandiu seu tamanho para três vezes mais do que o plano original. A expansão correu tão precipitadamente que os trabalhadores acidentalmente redirecionaram a fonte de água das Flores do Progenitor. Felizmente, o supervisor da construção descobriu um rio subterrâneo a 500 metros de profundidade, e usou o sistema mais atual da companhia Fabiano para restaurar o abastecimento constante de água dos “lençóis das flores”.

Em Junho de 1969, o Centro de Pesquisa da Umbrella na África foi oficialmente fundado como a linha de frente no estudo do vírus Progenitor. Bailey assumiu a posição de diretor do complexo, e não perdeu tempo ao mandar amostras para Marcus no Complexo de Treinamento Administrativo da Umbrella, almejando o sucesso de seu adorado professor. Marcus se lançou na pesquisa do Progenitor mais uma vez, determinado a recuperar o respeito que merecia como um dos membros fundadores da Umbrella.

Dez anos se passaram. Em Janeiro de 1978, Marcus combinou com sucesso o DNA de sanguessugas com o vírus Progenitor, criando o T-Virus que se tornaria a base para todo o desenvolvimento de B.O.W.s que viria em seguida. No entanto, o que Marcus não sabia era que este era o plano de Spencer desde o início. Ele havia manipulado o desejo de Marcus em se auto-afirmar com sua pesquisa, explorou sua ligação com Bailey, e então esperou pacientemente que seus planos dessem frutos na forma de um novo tipo de vírus.

O T-Virus foi aperfeiçoado em 1988, e com isto, a utilidade de Marcus chegou ao fim. Spencer enviou seus homens de confiança, os candidatos administrativos Albert Wesker e William Birkin, para se livrarem dele.

Após o assassinato de Marcus, Spencer restringiu a pesquisa do vírus Progenitor ao seu solo de cultivo na África, controlando com firmeza todas as informações a respeito. Em suas próprias palavras, “quando se enterra um tesouro, não se deve deixar um mapa”. Apenas alguns poucos executivos de acesso nível 10 sabiam da localização do Centro de Pesquisa. Funcionários transferidos do centro eram mantidos sob supervisão, e o próprio diretor Bailey ficou virtualmente preso lá por quase trinta anos.

Spencer manteve tanto segredo sobre o paradeiro do complexo que, mesmo depois de seu fechamento em 1998, ele permaneceu completamente intocado, até a corporação Tricell sair em busca dele.

A DESTRUIÇÃO DA CIDADE DE RACCOON

Um desastre acometeu a Umbrella em Julho de 1998. O T-Virus foi liberado do Complexo de Treinamento Administrativo nas Montanhas Arklay e se espalhou pela floresta em torno de Raccoon. O homem responsável pela epidemia foi James Marcus. Apesar de ter sido assassinado em 1988, ele foi trazido de volta à vida por uma espécie de sanguessuga que ele havia criado com o T-Virus, e retornou para se vingar da Umbrella por roubar sua pesquisa.

Mais tarde, em Setembro de 1998, insetos e pequenos mamíferos causaram uma nova epidemia do T-Virus em Raccoon. Seus cidadãos foram quase todos transformados em zumbis, e os poucos que permaneceram não infectados ficaram em uma situação desesperadora com poucas esperanças de fuga. A força policial da cidade foi destruída, e quando a Umbrella mandou a sua U.B.C.S. (Serviço de Contenção Biológica da Umbrella) para procurar por sobreviventes, eles também foram eliminados. No fim, o governo americano foi forçado a declarar lei marcial na cidade.

Em Outubro de 1998, não se podia mais negar a gravidade da situação, e o congresso aprovou a “esterilização” de Raccoon. O exército lançou um míssil estratégico ao centro da cidade, destruindo os infectados e o vírus de uma só vez. Este plano resultou na contenção bem sucedida da epidemia, mas muitos consideraram o sacrifício de 100.000 vidas um preço muito alto a se pagar.

Após a esterilização, o governo prontamente ordenou a suspensão dos negócios da Umbrella, a quem eles julgavam como responsáveis pelo incidente. Em protesto, o presidente da Umbrella, Spencer, reuniu uma excelente equipe de defesa e abriu um processo contra o governo. O subsequente “Caso Raccoon” convocou o testemunho dos sobreviventes, afirmando que o governo os havia coagido a difamar a Umbrella, e que o plano de esterilização havia sido um plano do governo para destruir provas de seu próprio envolvimento. Assim como Spencer planejara, a teoria da conspiração funcionou.

Entretanto, com o passar dos anos, a Umbrella começou a perder força na batalha legal. O golpe final veio em 2003 depois de uma epidemia biológica na região do Cáucaso, na Rússia. Uma fonte anônima enviou dados confidenciais de computadores da Umbrella ao governo, provando que eram eles por trás de Raccoon. Apesar de toda a trama de Spencer, o processo da Umbrella foi rejeitado.

As ações da Umbrella caíram logo após a condenação judicial, e os consumidores perderam completamente a confiança na marca. No fim, a companhia foi forçada a declarar falência.

ARTIGO DE JORNAL SOBRE A QUEDA DA UMBRELLA

Filial Local da Umbrella Prestes a Fechar

TÓQUIO, JAPÃO: Hoje, a filial japonesa da corporação multinacional Umbrella Farmacêutica Inc. anunciou seu fechamento e começou a liquidação de itens. A sede da companhia declarou falência no começo desta semana.

A Umbrella fundou sua filial japonesa em 1984 com o propósito inicial de importar produtos farmacêuticos desenvolvidos na América. Em 1987, foi finalizado o Centro de Pesquisas da Umbrella no Japão, que usava biotecnologia para chegar à pesquisa independente e ao desenvolvimento farmacêutico.

As ações da Umbrella vinham decaindo após acusações a respeito da “Tragédia de Raccoon”, e o golpe à imagem pública fez suas vendas estagnarem. Com a Umbrella sendo recentemente declarada culpada em diversos processos contra eles após a tragédia, a companhia foi forçada a declarar falência.

A filial japonesa da companhia vinha buscando novas fontes de investimentos nas últimas semanas, mas não recebeu ofertas de empresas farmacêuticas ou de outras companhias locais ou estrangeiras. A decisão de fechar foi feita em consideração a este fato.

(Trecho de edição matinal de um jornal, 15/3/2004)

 

COLAPSO DA SUBSIDIÁRIA UMBRELLA JAPÃO

Memorando sobre o fim da corporação (14/3/2004)

Este é um memorando para informá-los da decisão tomada na reunião de diretores no dia 10 de Março. Decidimos fechar nossa companhia devido à falência declarada pela sede de nossa companhia, a Umbrella.

Nós reconhecemos o trabalho árduo de todos os nossos funcionários para manter o empreendimento rentável, mas com a estagnação de nossas vendas após o incidente de 1998 na cidade de Raccoon, nos EUA, e nossa sede sendo declarada culpada em diversos processos, nós julgamos ser impossível continuar nossa produção.

Estivemos procurando diligentemente por uma nova companhia para a qual pudéssemos transferir nossos projetos, mas nossos esforços se provaram infrutíferos. Não temos escolha, senão fechar nossas portas.

A liquidação de itens da companhia será conduzida por Akitaka Igurashi (ex-diretor administrativo da Umbrella Japão).

Permitam-me tomar um último momento para agradecer a todos por seu trabalho árduo e apoio à nossa companhia até o fim.

Umbrella Japão, Inc.

Diretor Administrativo, Akitaka Igurashi


PROJETO T-A.L.O.S.

Em 1998, Wesker foi designado para a reivindicação do Complexo de Treinamento Administrativo da Umbrella que estava fechado, onde ele descobrira a respeito da epidemia planejada pelo renascido James Marcus. Wesker decidiu usar o incidente para se mudar para uma companhia rival. Quando o executivo da Umbrella, Coronel Sergei Vladimir, percebeu que Wesker pretendia traí-los, ele liberou a criatura Ivan, uma derivação do Tyrant T-103, para destruí-lo. Wesker causou uma explosão no complexo de treinamento e fugiu, frustrando os planos de Sergei.

Sergei decidiu não ir atrás de Wesker, optando, em vez disto, por executar sua própria missão confidencial no Complexo de Pesquisas Arklay. Sua intenção era a de recuperar o Projeto T-A.L.O.S. que havia iniciado com uma equipe de pesquisa de armas biológicas, e transferi-lo para seu país natal, a Rússia, para sua finalização.

O projeto T-A.L.O.S. era um plano para transformar o Tyrant T-102, usado no Incidente da Mansão, em uma nova geração de arma biológica. A criatura, chamada Talos T-011 por causa do guardião mítico de Creta, seria controlada por computador e equipada com armadura e armas pesadas apropriadas para derrubar tanques e helicópteros. A prioridade de Sergei era a recuperação deste Talos de testes.

Enquanto Wesker estava usando a equipe S.T.A.R.S. para recolher dados de combate de B.O.W.s, Sergei enviou todos os dados de pesquisa da Umbrella para o computador U.M.F.-013, depois usou a inteligência artificial defensiva, Red Queen (Rainha Vermelha), para proibir o acesso de Wesker. Ele, então, levou a Red Queen de volta com ele para a Rússia para continuar o desenvolvimento de Talos sob sua estrita supervisão.

O desenvolvimento aconteceria em um novo complexo localizado em uma usina abandonada da época da União Soviética. A Umbrella comprou o complexo como se fosse uma companhia fictícia, e então construiu um imenso complexo de pesquisas abaixo dele.

O Projeto T-A.L.O.S. continuou neste recém-construído “Complexo de Pesquisas da Umbrella no Cáucaso”, em uma tentativa de render lucros para a Umbrella em meio à queda de suas ações, garantindo uma posição na venda de B.O.W.s no mercado negro. Sergei usou as amostras e dados que recuperara do Complexo de Pesquisas Arklay, e seguiu em direção à finalização do projeto.

Infelizmente para Sergei, estas ambições seriam em vão. Elas seriam destruídas mais uma vez pelo traidor, Wesker.

Wesker viera sozinho ao complexo do Cáucaso, tanto para se vingar de Sergei quanto para seus próprios objetivos. Sergei libertou seus guarda-costas, os Ivans, mas Wesker os derrotou sem esforços. Sem outros recursos, Sergei se injetou com o T-Virus, transformando-se em um monstro de poder opressivo em uma tentativa final de destruir Wesker.

Wesker, por outro lado, já havia recebido de si mesmo habilidades sobre humanas, usando uma forma aprimorada do T-Virus desenvolvida por Birkin. O resultado foi um incrível confronto entre dois oponentes sobre humanos, algo nunca visto antes no mundo. Quando a poeira da batalha brutal baixou, foi Wesker quem saiu vitorioso, acabando para sempre com os sonhos de Sergei de reviver a Umbrella. Tudo estava de acordo com sua filosofia: “A única coisa que pode derrotar o poder é mais poder.”

Wesker recuperou seu acesso ao U.M.F.-013 e roubou o Arquivo da Umbrella, uma coleção de todos os dados acumulados pela Umbrella ao longo dos anos. Ele, então, apagou todos os backups de dados do U.M.F.-013, e com seu habitual ar de calma, deixou o complexo de pesquisas.

RED QUEEN (RAINHA VERMELHA)

A Red Queen era uma Inteligência Artificial defensiva que habitava o supercomputador da Umbrella, U.M.F.-013. Ela desempenhava passivamente suas tarefas dentro da rede mundial da companhia, mas durante emergências assumia um papel ativo, executando ataques físicos ou cibernéticos para proteger seu sistema e seus dados. Seus objetivos primários de defesa são:

  1. O controle de complexos da Umbrella e recursos financeiros.
  1. A proteção dos executivos da Umbrella.

A Red Queen também podia controlar remotamente o protótipo Talos Tyrant, graças a um chip de computador implantado no cérebro dele pelo executivo da Umbrella, Sergei.

O U.M.F.-013 era o décimo terceiro supercomputador no abrigo subterrâneo de Raccoon. Seu mainframe possuía um backup de todos os dados acumulados pela Umbrella, conhecido como “Arquivo da Umbrella”. Os dados contidos neste arquivo eram tão extensos que diziam que, enquanto o backup existisse, a restauração da Umbrella ainda era teoricamente possível.


BIOTERRORISMO

SERVIÇO SECRETO DOS ESTADOS UNIDOS

Após a destruição da cidade de Raccoon, cidades a quilômetros de distância continuaram mantendo memoriais anuais em Setembro para homenagear as vítimas. O congresso continuava suas investigações no local, mas os civis ainda não tinham permissão para se aproximarem. O tempo passou, mas nada podia calar a indignação mundial.

A queda da Umbrella deveria ter cessado isto. Ironicamente, ela só provocou uma catástrofe mundial maior.

Quando a Umbrella levou a suspensão de seus negócios, os ex-funcionários e pesquisadores da companhia compensaram, vendendo vírus e B.O.W.s no mercado negro. Ditadores, guerrilheiros, terroristas – maus elementos por todo o mundo compraram os demônios da Umbrella, e os utilizaram para executar seus próprios ataques bioterroristas.

Para controlar a crescente ameaça de bioterrorismo, o mundo precisava de pessoas com flexibilidade e experiência em lutar contra B.O.W.s. Os sobreviventes da tragédia de Raccoon possuíam estes atributos, e muitos rapidamente ingressaram na luta mundial. Entre eles estava Leon S. Kennedy, envolvido no incidente no seu primeiro dia na polícia de Raccoon.

Suas habilidades superiores de sobrevivência em escapar de Raccoon o levaram a ser escoltado pelo governo dos EUA, que o colocou em um programa de treinamento do Serviço Secreto dos Estados Unidos, operando diretamente sob ordens do presidente. Como agente, ele assumiria missões secretas ordenadas oficialmente pela Casa Branca, e também auxiliaria em operações militares de larga escala com envolvimento de bioterrorismo.

Agentes agindo sobre ordem do Presidente têm sempre um operador, que contata o agente através de um terminal portátil como seu intermediário e apoio na comunicação. A presença do operador também é uma precaução: no caso de um agente falhar em uma missão, é mais fácil encobrir o fato de que ele estava agindo sob a ordem do presidente.

OPERAÇÃO JAVIER

Em 2002, o agente dos EUA, Leon, foi mandado para um pequeno país da América do Sul em uma missão. Ele e seu parceiro, Jack Krauser, do Comando de Operações Especiais dos EUA, foram enviados  para encontrar Javier Hidalgo, um famoso traficante por trás da organização criminosa “Serpentes Sagradas”. A dupla estava oficialmente investigando rumores de que Javier esteve em contato com um ex-pesquisador da Umbrella, mas a maior missão de Leon era o Protocolo 7600 Anti-Armas Virais do próprio Presidente: a erradicação de todos os vírus produzidos pela Umbrella. Para realizar este objetivo, ele tinha que descobrir por quais canais os vírus eram passados.

Leon e Krauser chegaram à vila de Mixcoatl para encontrarem seu guia até a mansão, mas acabaram descobrindo que os aldeões haviam sido transformados em zumbis pelo T-Virus. Isto confirmou suas suspeitas de que Javier vinha comprando B.O.W.s no mercado negro. Mais chocante ainda, Leon logo descobriu que Javier injetara em sua filha Manuela o vírus T-Veronica, desenvolvido na Base da Umbrella na Antártida.

Javier havia comprado o T-Virus em 1991, depois de sua amada esposa Hilda contrair uma doença endêmica. Ele o injetou nela, sabendo que sua chance de sucesso era a de uma em um milhão. A aposta de Javier falhou, e ao invés de curá-la de sua doença, o vírus a transformou em um monstro.

Dez anos depois, sua filha Manuela contraiu a mesma doença. O desesperado Javier comprou um novo vírus, conhecido como T-Veronica, de um vendedor do mercado negro, e o injetou em sua filha na esperança de que ele fosse curá-la.

Leon sabia tudo sobre o T-Veronica: ele ouviu a respeito dele através de Claire Redfield, que o testemunhara em ação na Base de Antártida. Sua mente girava. Quem poderia ter vendido o T-Veronica a Javier? No mínimo, a linha do tempo mostrava improvável o vendedor do mercado negro ser o mesmo pesquisador da Umbrella que diziam estar em contato com Javier agora…

Mais importante, no entanto, era a questão de como Manuela sobrevivera ao vírus sem se transformar. Leon sabia que a injeção do T-Veronica causa uma extrema resposta autoimune dentro do corpo, resultando em dano cerebral severo. Para evitar isto, a desenvolvedora do vírus, Alexia Ashford, concluiu que a temperatura do corpo deveria ser resfriada, para permitir que o vírus se adaptasse, por um período de quinze anos. Obviamente, este não era o caso de Manuela; então, como ela sobreviveu?

A resposta estava com Javier. Ele descobrira uma dica de religiões pré-históricas, e realizava constantes transplantes de órgãos em sua filha para manter o T-Veronica passivo. Ele raptava garotas do vilarejo próximo para fazer as cirurgias, matando pelo menos cinquenta para retirar seus órgãos. Quando Manuela descobriu o que ele havia feito, decidiu que não queria viver se isto significasse que outros tinham que morrer.

O plano maluco de Javier era estimulado por um estranho amor por sua filha. Ele se injetou com o T-Veronica para se transformar em um monstro gigante, o V-Complex, e tentou devorá-la, para que assim nunca mais ficassem separados. Porém, ele perdeu o controle do vírus e enlouqueceu. Manuela acionou o poder do T-Veronica e ajudou Leon e Krauser enquanto eles lutavam contra seu pai. Após a batalha, o governo dos EUA assumiu Manuela sob sua custódia e a colocou sob estrita supervisão. As Serpentes Sagradas se dispersaram, e a ameaça do T-Veronica desapareceu.

O que Leon não sabia era que toda a sequência de eventos havia sido orquestrada por Wesker desde o começo.


UNIDADE REGIONAL PARTICULAR
DE CONTENÇÃO BIOLÓGICA

OPERAÇÃO T-A.L.O.S.

Quatro anos depois da destruição de Raccoon, os ex-membros dos S.T.A.R.S., Chris Redfield e Jill Valentine, ingressaram na Unidade Regional Particular de Contenção Biológica (B.C.U.), uma organização civil dedicada a combater o bioterrorismo em todos os cantos do planeta. Diferente da unidade de contenção biológica da Umbrella, a U.B.C.S. – cuja verdadeira missão era a de coletar dados em zonas de epidemias biológicas – o objetivo da B.C.U. era a completa erradicação de todo o bioterrorismo. Ela surgiu a partir de uma pequena equipe de civis de elite com habilidades militares com armamentos.

Em Fevereiro de 2003, a B.C.U. recebeu um relato de que a filial russa da Umbrella estava desenvolvendo um novo tipo de B.O.W., e Chris e Jill ingressaram na operação para impedi-los. A pequena unidade pousou no complexo em dois helicópteros de ataque, modelo Mil Mi-24, planejando se infiltrar no centro de pesquisa e destruir a nova B.O.W.. Esta operação foi mais tarde chamada de Operação T-A.L.O.S..

No dia da operação, Chris e Jill chegaram ao local, descobrindo que uma epidemia havia ocorrido em nível 4 no complexo de pesquisa, matando 90% dos pesquisadores de lá. Era o pior cenário possível: A chance de sobrevivência na atmosfera infectada era de menos de 2%.

O complexo havia sido construído para desenvolver a B.O.W. humanoide “Talos”, um novo tipo de Tyrant controlado à distância por computador. Era um conceito muito diferente do Nemesis Tipo-T, que utilizava um parasita Nemesis para dar inteligência ao corpo Tyrant produzido em massa. O diretor do projeto era um executivo da Umbrella do círculo particular de Spencer, o Coronel Sergei Vladimir. Chris e Jill sabiam que se pudessem derrotá-lo, eles estariam acabando com o renascimento da Umbrella de uma vez por todas.

Ironicamente, Wesker chegara ao mesmo tempo exatamente com este objetivo. Ele conseguiu matar Sergei, e partiu com os dados da Umbrella, armazenados no computador U.M.F.-013.

Felizmente, os objetivos eram os mesmos, no fim das contas. No mesmo ano, Wesker fez vazar os dados que adquiriu ao governo, o que levou diretamente à destruição da Umbrella no “Caso Raccoon”. Cinco anos depois do Incidente da Mansão, a Umbrella foi oficialmente encerrada.

Chris e Jill atingiram seu primeiro objetivo – a queda da Umbrella – mas a verdadeira batalha ainda estava por vir. Spencer, o homem por trás de tudo, havia desaparecido, e precisava ser levado à justiça – assim como o inimigo mortal deles, Wesker.


BSAA

A ORIGEM DA BSAA

A queda da Umbrella deu origem ao crescimento do bioterrorismo mundial. Temendo que isto se tornasse responsável por uma nova catástrofe, o Consórcio Farmacêutico Global uniu seus recursos para formar a unidade antibioterrorismo, BSAA (Aliança de Avaliação de Segurança contra o Bioterrorismo). A organização tinha onze membros no momento de sua fundação. Chris e Jill, com suas habilidades aprimoradas na época da B.C.U., estavam entre estes respeitados “Onze Originais”.

Assim que foi formada, a BSAA era uma organização civil limitada ao papel de observadores em ações antiterrorismo do exército e de unidades de polícia pelo mundo. No entanto, conforme a ameaça de bioterrorismo crescia, ficava claro que eles precisavam de maior flexibilidade. Eventualmente, eles se reorganizaram como uma verdadeira unidade especial sob a jurisdição da ONU.

Como órgão público, eles agora tinham autoridade em nações autônomas para usar a força, ao conduzir investigações e fazer apreensões. Eles tinham total autoridade para agir dentro de 70% das nações membros da ONU que sancionaram sua formação, e os países restantes autorizavam sua presença sob termos condicionais.

Apesar de a BSAA estar sob controle da ONU, suas nações participantes não forneciam os fundos necessários para mantê-la operante. Por esta razão, a atual BSAA ainda conta com doações do Consórcio Farmacêutico Global. Muitas críticas foram feitas à BSAA por causa do conflito de interesses criado pela situação em que ela se encontra.

A BSAA é administrada pelo Comitê de Avaliação do Bioterrorismo, criado pelo Quartel General Europeu e sediado na Inglaterra como o órgão que toma decisões pela organização. O comitê dá ordens oficiais para cada uma das oito filiais da organização pelo mundo, que cobrem quase todas as regiões do mundo. Cada filial tem seu próprio quartel general com um heliporto ou base aérea militar, permitindo a eles despachar uma unidade em uma área dentro de sua jurisdição em menos de 12 horas. Dependendo da circunstância, várias filiais podem até colaborar em uma missão na mesma região.

MAPA DA ORGANIZAÇÃO

Estados Unidos -> BSAA -> Comitê de Avaliação de Bioterrorismo

FILIAL EUROPÉIA: Europa, incluindo Rússia ocidental.
FILIAL DO ORIENTE MÉDIO: O Oriente Médio, incluindo partes da África.
FILIAL NORTE-AMERICANA: Todo o continente Norte-Americano.
FILIAL SUL-AMERICANA: Todo o continente Sul-Americano.
FILIAL DA ÁFRICA OCIDENTAL: A metade ocidental do continente africano.
FILIAL DA ÁFRICA ORIENTAL: A metade oriental do continente africano.
FILIAL DO EXTREMO-ORIENTE: Região da Ásia oriental da Índia, incluindo Rússia oriental.
FILIAL DA OCEANIA: Região da Oceania, centralizada em torno da Austrália.

*A Antártida, sede do Complexo de Pesquisas Antártida da Umbrella, também fica sob jurisdição da Filial da Oceania.

A ESTRUTURA DA BSAA

Há dois tipos de práticas na BSAA: SOU (Unidades de Operações Especiais), que trabalha em equipes, e SOA (Agente de Operações Especiais), que tipicamente trabalha em duplas.

SOU consistem geralmente de profissionais de combate ordenados a infiltrar em uma área, encarregados do ataque e de dominar os criminosos. Muitos SOU vêm das unidades especiais dos exércitos de seus próprios países, ou possuem experiência militar anterior. Eles geralmente são divididos em equipes de doze. A criação destas equipes é flexível; dependendo da missão, eles podem ser divididos em três equipes de quatro, ou mesclados com outras equipes para uma gama mais diversa de habilidades.

SOA são especialistas, usados para investigações e espionagem, e geralmente são conhecidos simplesmente como “Agentes”. Agentes são escolhidos não apenas por suas habilidades, mas também por sua conformidade e adaptabilidade psicológicas em todas as situações. Alguns agentes, como Chris, recebem Nível 10 de autorização, o que lhes garante o direito de auxiliar em missões executadas em qualquer filial da BSAA.

Em 2009, a BSAA realizou uma operação conjunta entre as filiais da África Ocidental e a Norte-Americana na Zona Autônoma de Kijuju. Os SOA da missão foram o agente Chris, da filial Norte-Americana, e a agente Sheva Alomar, da filial da África Ocidental, que formaram uma dupla conhecida como Equipe Bravo. As SOU consistiam da Equipe Alpha no local, liderada por Dan DeChant, e Equipe Delta no suporte, liderada por Josh Stone. A operação de larga escala também incluiu suporte aéreo de Kirk Mathison, apoio veicular de Dave Johnson, e infiltração pré-missão do agente Reynard Fisher.

JILL VALENTINE

Idade: 33 (*Se ainda viva).
Afiliação: Filial Norte-Americana.
Posição: SOA (Agente de Operações Especiais).

Experiência:
– S.T.A.R.S. (unidade de forças especiais de Raccoon).
– Unidade Regional Particular de Contenção Biológica.

*Declarada morta em 23 de Novembro de 2006.

CHRIS REDFIELD

Idade: 35.
Afiliação: Filial Norte-Americana.
Posição: SOA (Agente de Operações Especiais).

 Experiência:
– S.T.A.R.S. (unidade de forças especiais de Raccoon).
– Unidade Regional Particular de Contenção Biológica.

SHEVA ALOMAR

 Idade: 23.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: SOA (Agente de Operações Especiais). 

Experiência:
– Confidencial devido ao programa de proteção.

 

DAN DECHANT:
Idade: 53.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: SOU (Unidade de Operações Especiais.)JOSH STONE:
Idade: 35.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: SOU (Unidade de Operações Especiais.)DAVE JOHNSON:
Idade: 27.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: SOU (Unidade de Operações Especiais.)
KIRK MATHISON:
Idade: 28.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: Piloto de Helicóptero.REYNARD FISHER:
Idade: 35.
Afiliação: Filial da África Ocidental.
Posição: Agente Secreto.


MORTE DE JILL

Após o Incidente da Mansão, Chris e Jill deixaram os S.T.A.R.S. e entraram para a Unidade Regional Particular de Contenção Biológica na luta global contra o bioterrorismo. Eles viajaram pelo mundo em várias missões, e então se tornaram agentes da Filial Norte-Americana da recém-formada BSAA. Suas riquezas de experiências em incidentes bioterroristas lhes deram o conhecimento que precisavam para participarem como observadores em várias operações antiterroristas. Como membros dos “Onze Originais”, suas habilidades são muito requisitadas, e os membros de suas equipes confiavam imensamente neles.

A tragédia ocorreu em Agosto de 2006, quando a dupla se infiltrou na mansão de Spencer, na esperança de prendê-lo e finalmente virar a página da destruição de Raccoon. A velha propriedade trazia lembranças do Incidente da Mansão, e eles acabaram chegando à sala de estudos de Spencer, apenas para encontrar Wesker esperando por eles lá. Chris e Jill se uniram para enfrentá-lo, mas os poderes super humanos de Wesker eram demais para os dois. Jill sacrificou sua vida para salvar Chris, se agarrando a Wesker e o empurrando para o precipício de rochas. Os corpos de Wesker e Jill nunca foram encontrados, e após uma investigação de três meses, a BSAA não teve escolha, senão declarar Jill morta em missão.

“GAMBITO” HMMWV

Um veículo de quatro rodas, que trafega sobre qualquer terreno, usado para transportar as SOU da BSAA. Pode carregar até seis soldados de uma vez. Uma máquina altamente versátil, seu armamento pode ser carregado de acordo com a missão e ambiente em que é utilizada. Variações incluem uma base equipada com aparelhos de respiração, uma base coberta e um descarregador de fumaça. A alta durabilidade e potência do veículo o tornam apropriado para missões antibioterroristas até mesmo nos climas mais extremos. Durante o incidente na Zona Autônoma de Kijuju, o ex-campeão internacional de rally Dave Johnson usou o veículo para demonstrar sua incrível habilidade nas ruas não pavimentadas da savana.