Minha primeira experiência jogando Dead Rising foi este ano, 2016, com o atual lançamento de Dead Rising Remastered. Ou seja, dez anos depois do lançamento do primeiro jogo para o Xbox 360. Eu já havia visto algumas coisas dele, já havia visto pessoas jogando, até porque a temática de apocalipse zumbi sempre foi algo que me interessasse, então nada mais lógico do que, mesmo não tendo o console para jogar, eu fosse atrás de pelo menos conhecer o jogo.
Antes de qualquer coisa, porém, eu preciso confessar que também não fui atrás de jogar os títulos posteriores de Dead Rising por conta do tipo de abordagem de apocalipse zumbi que ele tem: o humor negro, o lado “divertido” de matar zumbis nunca foi o meu forte, mesmo assistindo e gostando de filmes como Fome Animal, Evil Dead e A Volta dos Mortos-Vivos. Mas, sei lá, ver filme é uma coisa e jogar é outra, sendo uma experiência muito mais imersiva e que toma muito mais do seu tempo.
2016 é o ano em que a franquia Dead Rising completa 10 anos de existência, com quatro títulos principais, alguns spin-offs/expansões e dois filmes live-action. Para comemorar, a Capcom lançou versões remasterizadas dos dois primeiros títulos, após realizar melhorias gráficas e deixá-los mais atrativos para que sejam jogáveis hoje, na geração atual de consoles (Playstation 4 e Xbox One, os PCs também podem ver ao menos o primeiro Dead Rising remasterizado, via Steam).
O jogo está, sim, bem bonito, com gráficos bem polidos e que fazem jus à qualidade de imagem que os videogames atuais possuem, mas achei a jogabilidade de Dead Rising um tanto dura para os dias de hoje. É claro que, por ser um jogo de Survival Horror, as “limitações” do protagonista, no caso o fotógrafo Frank West, são esperadas. Mas fica claro que, jogando hoje, é notável que a jogabilidade está só datada mesmo. Isto, porém, apesar de comprometer um pouco a experiência, não torna o jogo ruim, e para os mais “hardcore”, pode ser encarado como um desafio a mais. Também senti falta de uma localização, pelo menos dos menus, mas como se trata apenas da remasterização de um jogo antigo, é compreensível que não haja tradução para o nosso idioma.
Ainda assim, logo que o jogo começou, eu procurei me concentrar mais nele como uma experiência divertida do que como um comprometimento de salvar pessoas e registrar um apocalipse zumbi, mesmo isto não sendo exatamente o meu tipo de jogo de zumbi, como disse lá em cima. Fazendo isto, pude ignorar um pouco os problemas de jogabilidade dura e me concentrei em empurrar hordas de zumbis com um banco de praça ou esmagar crânios com um peso de academia, e ir atrás de boas fotografias de zumbis e sobreviventes, em vez de ir atrás das missões. Pena que só decidi realmente fazer isto depois de ter encontrado com os prisioneiros insanos do lado de fora do shopping, e ainda tive coragem para insistir um pouco até encontrar o palhaço sádico… Enfim.
Não pretendo desistir do jogo, especialmente por ser criativo e transformar (quase) tudo em uma arma contra as hordas de zumbis. E se você, assim como eu, não pôde jogar Dead Rising na época de seu lançamento, ou pôde, mas não teve o interesse e agora quer recuperar o tempo perdido, talvez estas remasterizações sejam a oportunidade perfeita.
Confira o nosso gameplay de Dead Rising Remastered para Playstation 4, em nosso canal no YouTube: