Na última semana, entre os dias 3 e 6 de Dezembro, rolou a Comic-Con Experience 2015, segunda edição da CCXP. A Comic-Con é um evento internacional, que ganhou sua versão brasileira graças a uma parceria entre o site Omelete e a Chiaroscuro Studios. Para quem já conhece a versão americana da Comic-Con, tanto a San Diego quanto a de Nova York, sabe que o evento é totalmente voltado para o público geek, fã de filmes, séries e games, além de grandes atrações e artistas do momento, e com a versão nacional da Comic-Con não foi nem um pouco diferente.
Em sua primeira edição, em 2014, a CCXP trouxe alguns artistas de peso, mas este ano ela se superou graças a parcerias com Netflix e Sony, podendo levar pessoas à loucura com as presenças dos ilustradores Frank Miller e Jim Lee, da atriz Krysten Ritter (da série Jessica Jones), David Tennant (de Doctor Who e Jessica Jones), Misha Collins (Supernatural), Evangeline Lily (Lost e O Hobbit), atores do elenco da série Sense 8, John Rhys Davies (O Senhor dos Anéis), entre muitos outros. Um conjunto “épico” de atrações. “Vai ser épico”, é o lema da CCXP desde sua primeira vez no Brasil. E foi, para quem conseguiu chegar perto de seus artistas favoritos, enfrentou filas intermináveis e conseguiu superar todos os obstáculos da falta de organização.
O Database esteve presente no evento somente nos dois primeiros dias, quinta e sexta-feira, pois foram os únicos dias para os quais nos foram liberadas credenciais. Além de tentarmos cobrir os principais painéis, nosso foco era uma das coisas que são mais fortes nas Comic-Cons internacionais e que, vocês bem sabem, são a nossa paixão: os cosplays. O site dá todo apoio ao árduo trabalho dos cosplayers e por isso tentamos fotografar o maior número possível de cosplays durante o evento, ao menos os que fossem ligados com games / filmes que viraram games e/ou terror, já que é algo mais relacionado ao nosso site. Acredito que esta segunda parte conseguimos cumprir muito bem e nossa cobertura fez jus ao que esperávamos.
Nossa frustração foram mesmo os painéis principais: as filas estavam simplesmente impossíveis de serem encaradas, porque muitas pessoas que entravam no auditório não saíam mais, para não precisarem encarar a fila novamente. Quando havia distribuição de senhas e pulseiras para a entrada no auditório ou para sessões de autógrafos, se estavam marcadas para certo horário, infelizmente eram liberadas horas antes, sem qualquer prévio aviso da organização, que, não se sabe se ficavam temerosos de haver tumulto, provavelmente viam pessoas se aglomerando bem antes da hora para verem seus artistas favoritos e já saíam distribuindo as pulseiras.
Isto prejudicou muita gente, pois não é todo mundo que madruga para chegar ao evento, e não é nada justo com quem mora longe do local ou trabalha e precisa conseguir ser liberado mais cedo para ir ao evento. Apesar de tudo, sabemos que é possível melhorar neste aspecto, distribuindo as senhas na hora em que foram prometidas: se foram prometidas uma hora antes, no horário X, devem começar a organizar a fila neste horário, não importa o que as pessoas digam, pois é mais justo com todos e é a forma do evento manter sua palavra e ser organizado.
O local onde acontece a CCXP também é, ainda, extremamente problemático. O São Paulo Expo, um centro de exposições na Zona Sul de São Paulo, está atualmente passando por reformas, o que complicou ainda mais o acesso ao pavilhão do evento. Se no ano passado o pavilhão já era longe e era preciso andar muito para chegar, este ano, entre pisos improvisados em meio à construção de um novo estacionamento e um novo pavilhão, o caminho para chegar à feira foi longo, bem longo. E cansativo, especialmente se você pretende esgotar todas as suas forças conhecendo todos os estandes e ainda encarar filas. Parte da nossa energia foi embora na fila do credenciamento e nesta longa estrada até o pavilhão. Mas tudo bem, o evento estava lindo, os estandes eram maravilhosos e grandiosos, havia muito o que ver… No fim das contas, a jornada valeu a pena.
O evento em si valeu a pena, apesar das falhas. Foi épico, sim. E tem tudo para ser ainda mais épico se no próximo ano eles levarem em consideração todo o feedback do público e da imprensa, que tudo o que mais quer é que uma Comic-Con brasileira ultrapasse a qualidade de qualquer Comic-Con internacional, mostrando que o público fã de cultura pop daqui também merece um evento de grande porte com nossos artistas favoritos.
O Database agradece à organização da Comic-Con Experience pela oportunidade de cobrir o evento (nosso segundo ano cobrindo CCXP!), parabenizamos a edição pela qualidade de atrações e esperamos nos ver na edição de 2016, anunciada para os dias 1º a 4 de Dezembro!
E se um dia o Shinji Mikami ou alguém (Milla Jovovich, quem sabe?!) do elenco dos filmes de Resident Evil vier, seja para uma CCXP ou qualquer outro evento, aguentem nossa histeria, porque aí sim vai ser mais do que épico! Fica a dica para futuras atrações aí, organização! 😉