Os Majini são a “evolução” dos Ganados da Espanha. Eles são humanos infectados com o parasita Las Plagas, porém, diferentemente dos Ganados, eles receberam a Plaga Tipo-2, desenvolvida pela Tricell.
A principal diferença da implantação da Plaga Subordinada normal, usada nos Ganados em Resident Evil 4, para a Plaga Tipo-2 dos Majini de Resident Evil 5 é bem simples: o primeiro tipo era injetado na corrente sanguínea em sua fase de ovo, e eclodia dentro do hospedeiro para se alojar em seu sistema nervoso central, enquanto o segundo tipo é colocado por via oral no hospedeiro já na fase adulta, o que facilita e agiliza o processo de transformação de um humano para Majini em até 10 segundos. Isto tornou o parasita um produto muito mais atrativo para ser vendido no mercado negro de armas biológicas.
O resultado da evolução para a Plaga Tipo-2 foi uma maior resistência do parasita à luz solar, o que permite ao parasita se “liberar” através de diversos tipos de mutações, quando o seu hospedeiro sofre muitos danos, em plena luz do dia, diferente da Plaga dos Ganados, que só “saltava” de suas cabeças em ambientes escuros. A Plaga pode até frequentemente sair pela boca do hospedeiro, de forma a “ameaçar” (e também atacar) seu alvo.
Em resumo, o parasita pode aplicar, como último recurso de sua sobrevivência, os seguintes métodos:
– Saltar pelo pescoço do hospedeiro, sendo chamados de Cephalo.
– Saltar pelo tronco, sendo chamados de Duvalia.
– Romper o tronco do hospedeiro e virar uma criatur “alada”, sendo chamados de Kipepeo.
A palavra “Majini” significa “espírito maligno” no idioma africano suaíli e não tem plural (Majinis, não se aplica), pois já é usada para definir um grupo de indivíduos (“os Majini”). Assim como os Ganados, suas ações são baseadas nas ordens de um “líder”, alguém que possui uma Plaga Controle (dominante). Eles não possuem a capacidade de raciocinar por conta própria, mas também não são zumbis, pois mantém a inteligência humana e são capazes de arquitetar estratégias para seus ataques em grupo.
O tipo mais comum de Majini são os habitantes da Zona Autônoma de Kijuju (Town Majini), onde Chris Redfield e Sheva Alomar iniciam as suas investigações. A região vive em diversos conflitos governamentais, então guerras civis são comuns. Ricardo Irving, contrabandista de armas biológicas no mercado negro e funcionário da Tricell, foi o responsável pela negociação que levou ao uso da Plaga Tipo-2 em Kijuju. Eles se aproveitaram da vulnerabilidade política da população para usar o parasita contra as tropas da BSAA. Estes Majini podem atacar com armas brancas em punho, como facões e pás, e até lançando granadas e portando bestas (arma lançadora de flechas).
Os Majini também são capazes de pilotar motos e dirigir veículos, como caminhões, com impressionante habilidade. Não bastasse isto, mesmo enquanto pilotam, são capazes de criar e jogar coquetéis molotov em seus alvos. Esses grupos de motociclistas costumam ser guiados por um líder, geralmente de camisa vermelha, que tem mais resistência do que os demais.
A Tricell ainda aproveitou para criar o seu próprio exército de Majini (Base Majini), para cuidar da segurança de suas instalações, e eles são altamente capazes de utilizar armas de fogo, como metralhadoras e lança-foguetes, armas brancas, como bastões elétricos, arremessar granadas e se proteger com escudos. Por serem soldados, eles trajam armaduras em boa parte de seus corpos, o que os protege fortemente de danos de armas de fogo comuns.
Uma das variações dos Majini é o Grandalhão (Big Man Majini), que são homens de forma bastante robusta, criados como se fossem lutadores, e que pelo porte físico possuem, obviamente, mais resistência do que o Majini normal, tanto é que ele ataca com os próprios punhos. Suas desvantagens estão na capacidade intelectual diminuída e, portanto, na menor habilidade de seguir ordens.
Existe também um tipo de Majini que anda equipado com uma Motosserra (Chainsaw Majini). Semelhantes ao Dr. Salvador na Europa, eles usam sacos de estopa na cabeça, mas possuem menor articulação verbal. Eles são bastante resistentes e alguns de seus ataques podem matar uma pessoa instantaneamente. Depois de derrubados, não se engane: eles voltam ainda mais agressivos, então fuja enquanto eles estiverem caídos.
O Executioner Majini é um tipo de Majini diferenciado, a começar por sua estatura, bem maior do que a dos Majinis normais e até do que o Majini Grandalhão. Como o nome sugere, eles são “executores” e andam equipados com imensos machados de lâmina extremamente afiada, usados para aplicar sentença máxima em “julgamentos”. Seu principal trabalho, portanto, é executar aqueles que rejeitam a Plaga. A parte superior de seus corpos possui inúmeras cicatrizes e espetos de metal, que não se sabe se foram resultantes de torturas de antes do processo de transformação. Eles são muito mais resistentes do que o Majini padrão, graças à espessa camada de gordura e músculos que cobre os seus corpos.
Dentre os Majini soldados, também existe uma variação, que são os Majini de Metralhadoras (Gatling Gun Majini). Sua aparência, com correntes de ouro no pescoço, dentes de ouro e roupas douradas, sugere que eles vivessem uma vida luxuosa antes da infecção com a Plaga. Além de andarem carregando uma pesada metralhadora, que dispara muitos tiros por minuto, eles ainda são muito fortes e podem desferir golpes fatais. Entretanto, há pouquíssimos deles, e eles ficam limitados às instalações da Tricell.
Depois de desenvolver a Plaga Tipo-2 com sucesso e ela se mostrar mais efetiva do que a Subordinada para fins comerciais, a Tricell iniciou pesquisas em uma nova variação do parasita. A Plaga Tipo-3 é a combinação de uma Plaga comum com o gene de uma Plaga Controle. As vítimas escolhidas como cobaias para os experimentos foram a população nativa da região do pântano, a pacífica tribo Ndipaya. Os resultados demonstraram que a taxa de aderência à Plaga Tipo-3 é de 92%, o mesmo para Plagas normais, somente entre homens adultos e adolescentes. Em mulheres e crianças, no entanto, a taxa de aderência foi de 0, indicando incompatibilidade com a Plaga Tipo-3.
Os Majini resultantes deste experimento (Wetland Majini) possuem comportamentos bem semelhantes dos Majini de Kijuju. Eles andam trajando vestes indígenas e usando as armas de seu povo ancestral, como arco e flechas explosivas. É como se a Plaga tivesse estimulado o guerreiro interno dentro deles, sua resistência foi aprimorada, e eles podem realizar incríveis saltos e acrobacias.
Há ainda uma variação dos Majini da tribo Ndipaya, chamada de Majini Gigantes (Giant Majini). Como a Plaga Tipo-3 ainda estava em fase experimental, algumas poucas cobaias sofreram um efeito colateral não previsto. Este efeito as fez crescer a uma altura de até 3 metros, algo que os pesquisadores atribuíram ao gene da Plaga Controle. Eles agem como líderes do bando, soltando gritos de guerra para chamar atenção dos demais. Além disso, são muito mais resistentes e conseguem suportar disparos de armas de fogo fortes, ao ponto de apenas recuarem por alguns poucos segundos. Com seus imensos machados, decorados com crânios humanos, eles golpeiam suas vítimas, além de atacar com chutes.