Tradução | Entrevista com Milla Jovovich sobre Resident Evil: Extinction (About.com)

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Milla Jovovich (Resident Evil 3: A Extinção; Resident Evil: Extinction)

Tradução da entrevista com a atriz Milla Jovovich sobre o filme RE: Extinction, ao site internacional About.com.

O que tem neste filme que não vimos antes?
Acho que o que é realmente legal nesta franquia é que cada filme é muito diferente. Como temos diretores diferentes em cada um, isto dá a cada filme o seu próprio mundo, seu próprio mundo em questão de visual e trama – e este filme em especial. É como um novo mundo, porque tivemos o primeiro, que é muito escuro e claustrofóbico. Era subterrâneo o tempo todo. E então no segundo você tem este foco maior e a cidade à noite, tentando escapar da cidade. E agora é como o filme do mundo e foi filmado na luz do dia. Ele tem cenas muito épicas. Tem incríveis sequências no deserto. Ele tem um visual completamente diferente, uma sensação completamente diferente.
É muito legal, porque temos super zumbis agora que são super rápidos, super fortes, e que são espertos também. Eles sabem como usar uma câmera e um telefone. E agora temos os pássaros zumbis, o que é bem legal. Tem muita coisa nova que você não esperaria ver nos filmes de Resident Evil. É um mundo realmente novo e com muitas coisas incríveis. Não quero entregar tudo.

O quão divertido é continuar fazendo sempre a mesma personagem?
Sabe, é realmente interessante, porque eu nunca esperava a princípio, quando fizemos o primeiro filme, que eu estaria sentada aqui, falando sobre um terceiro filme. Tem sido demais. Digo, poder viver com esta personagem. Conforme eu mudo, ela muda também. Eu amo o fato de que a história continua porque é algo que, antes de ter o segundo ou terceiro filme, nós falamos sobre eles. É tipo “o que aconteceu antes?” e “o que teria acontecido se tal coisa não tivesse acontecido?”. Então é muito divertido poder ver as coisas se desenrolando por anos e ficando mais e mais complicadas. É divertido.

Como você se preparou fisicamente desta vez?
Filmes de ação pedem definitivamente muito treino e eu faço muitas das minhas cenas perigosas, então com certeza estou em processo de treino. Mas, por mim, eu adoro. Artes marciais são algo que eu sempre adorei fazer. É a única forma de exercício que eu gosto. Todo o resto é entediante e chato. Então, para mim, é realmente divertido. Eu adoro me sentir meio que uma super-heroína neste sentido, poder voar pelo ar nos cabos. Me faz sentir como se eu estivesse na Magic Mountain ou algo assim. Eu amo.

Você demonstrou um pouco de desânimo sobre Resident Evil 3, com o fim de Resident Evil 2. Você tem uma sensação melhor sobre Resident Evil 3: Extinction?
Com certeza, com certeza. Acho que tudo neste filme é muito maior e mais fundido. Acho que o roteiro é muito melhor, a ideia é muito mais precisa e tem ótimas tramas rolando. É bem interessante. Você tem alguns mundos diferentes dentro de um só filme. É bem legal ver o contraste entre a Corporação Umbrella, com tudo lustroso, e o deserto, totalmente natural. É o fim do mundo, sabe, então é bem intenso neste sentido.
Não sei, eu me diverti muito filmando. Não vi o filme todo pronto, com todos os efeitos especiais, mas mesmo sem os efeitos especiais, eu pensei “Isto é demais!”, eu amei! Eu me liguei mais aos personagens. Sei lá, de alguma forma me liguei mais à história. Acho que o que minha personagem passa é bem intenso neste filme. Mais uma vez, não quero entregar tudo, mas vejam! Confiem em mim!

Você teve que fazer clones de si mesma neste filme. Você os interpretou diferentemente de como normalmente interpreta Alice? Foi um desafio grande?
“Foi realmente interessante. Digo, com certeza, eu interpretei de forma muito diferente de como interpreto a Alice hoje. Foi muito mais do tipo como Alice era no primeiro filme, eu acho. Um pouco mais inocente e mais infantil de certa forma, porque ela havia acabado de nascer e não entendia e sabia tudo o que a Alice sabe sobre si mesma, entende?

O que você achou de retornar aos velhos cenários e roupas?
Muito legal. Foi bem louco colocar aquela roupa de novo, e foi estranho. Mas eu amei, também, porque achei que deu ao filme uma sensação interessante. É maluco. Eu nunca realmente morreu antes e tive que morrer várias vezes. É bem maluco. Eles filmaram todos os clones em um buraco e eu tinha que [faz várias poses diferentes de morte], “O que vocês acham? É esquisito o bastante? Esta é uma posição estranha?” e “Esta ficou nojenta, certo?”. Tipo, eles me jogavam de formas bem esquisitas. E com toda aquela maquiagem… Nós nos divertimos com sangue por toda parte. Em certo ponto, eu tive dois grandes arranhões no rosto e queimaduras.

O trailer de Resident Evil: Extinction está bem intenso.
É bem insano. Eles trouxeram a sanguinolência para cá [para a Comic-Con]. Eu pensei “É muito violento, cara”. Sei lá. É bem perverso. Não estão exibindo na TV, só na Comic-Con. E, sabe, eu usei facas realmente incríveis, chamadas khukhuris, no filme, e elas eram usadas por monges tibetanos há centenas de anos. Eram usadas com uma mão só, porque eles eram bem pequenos, os monges tibetanos, e estas facas são bem grandes, então elas têm vários centímetros de alcance. Eu usei duas, o que é realmente demais, porque elas nunca foram usadas desta forma.
Elas são incríveis, porque são afiadas de cima à baixo, então se pode fazer muitas coisas com elas. Você pode golpear e esfaquear e tal, tudo com uma faca só, então seria legal vendê-las! Da para desossar um frango. Fatiar um pepino. Passar maionese. Dá para fatiar uma torta. É a faca perfeita. Mata zumbis, tudo de uma vez só.

(…)

Fonte: About.com

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