Tradução da entrevista com a atriz Milla Jovovich sobre o filme Resident Evil: Extinction, ao site internacional IGN.
Você pode descrever sua roupa?
Milla: Chique sobrevivente.
Como uma personagem pode vestir aquilo?
Milla: Bem, ela está no deserto, então está muito quente, então imaginaria que ela gostaria de respirar um pouco, mas ela tem as armas, então está protegida. Não sei, apenas parece prático.
Você ajudou a escolher o modelo?
Milla: Sim, ajudei. Obviamente, eu tive grande participação na escola. Na verdade, eu e uma sócia temos uma grife de roupas.
É necessário manter as coisas calmas no set?
Milla: Não, acho que quando estou feliz, definitivamente o resto da equipe está feliz, então eu gosto de tentar continuar pra cima e motivada. Meio que mantém a moral alta. Tem sido uma mudança difícil do Mexicali para cá, então estão todos bem cansados. Apenas tentando manter as coisas calmas e legais no set.
Qual é a história de Alice?
Milla: Bem, depois que ela escapou da Umbrella no segundo filme, eles todos ficaram se escondendo e houve um acidente onde no último filme, que é como a visão de Alice, obviamente a Umbrella a encontrou via satélite, então tudo o que ela vê, eles veem. Então eles encontraram o local do esconderijo e muita gente morreu. Então minha personagem decide sair de lá e continuar sozinha para não colocar mais gente em perigo. Mas ela tem um rádio para ouvir o sinal, e meio que segue a caravana. A caravana de Carlos e Claire, mas sem chegar muito perto, mas apenas caso precisem, ela está lá. Então ela os está protegendo, mas ao mesmo tempo mantendo distância, e definitivamente ela está solitária.
Qual é o charme de belas mulheres matando monstros?
Milla: Sabe? Eu não penso nisso. Eu adoro treinar, me divirto muito fazendo estes filmes, então…
Você fará mais filmes de ação/ficção científica/terror?
Milla: Na verdade, logo eu farei um papel de uma mulher do segundo império. Vai ser uma grande mudança, mas nos últimos anos eu fiquei fazendo filmes de ação consecutivamente, mas é a primeira vez que faço isso. Geralmente são filmes de ação, alguns filmes independentes, outros de ação. Eu tento mesclar. Foi como eu trabalhei nos últimos dois anos. É difícil. Filmes independentes eu posso fazer muitos e você nunca sabe se vai sair ou se não vai, então é complicado. Eu fiz um monte de filmes que simplesmente não viram a luz do dia.
Você teve que sair disso e partir para uma seção de modelagem?
Milla: Bem, graças a Deus neste filme, eu fui capaz de me concentrar, o que é bom. Eu tinha este trabalho já agendado, mas eles mudaram, graças a Deus, porqe seria um problema com meu cabelo neste momento. Mas é muito bom pra mim este filme, porque eu treinei muito para outros filmes, então eu meio que sabia usar armas. Foi muito mais fácil me preparar para este filme também, então me deixou com mais tempo para trabalhar na grife, fazer outras coisas nas horas vagas, trabalhar na roupa.
Você estaria pronta para partir pro Alaska ou Japão para o quarto filme?
Milla: Não faço ideia. Não há um script para o quarto filme, graças a Deus, até agora. Bata na madeira, vamos ver se terá um quarto.
Você teve um dedinho na criação da história de Alice?
Milla: Coisas pequenas, como todos os atores fazem com seus personagens. Mas sim, digo, eu sempre estive envolvida no processo de roteirização também, colocando meus dois centavinhos nele. Na maior parte do tempo fazendo perguntas e vendo se as pessoas podem respondê-las. Se não podem, eu digo. OK, apenas vá pensar sobre isso e depois volte para me dar a resposta. Ou às vezes eu tenho um problema e o diretor ou o Paul ou alguém diz: “Oh, porque é assim, assim e assim”. E eu digo: “Ok, isso faz sentido.”
Você nunca acabou discutindo como: “Não, definitivamente a Alice não faria isso!”?
Milla: Não uma discussão, mas definitivamente eu disse várias vezes, “Não não não, isso não tem nada a ver.”
Como o diretor Russell Mulcahy difere dos outros diretores anteriores de RE, Alexander Witt e Paul W.S. Anderson?
Milla: Bem, o Russell é definitivamente o mais pirado, meio que um maluco. Ele está sempre correndo para lá e para cá. Ele sempre tem em mente que tem que nos deixar a par em cada cena. Ele é tipo, OK, você veio de lá. Você fez isso; fez aquilo. Bla, bla, bla. Agora você está aqui; tem que fazer isso. Então é ótimo, porque um monte de diretores meio que esquecem de onde você veio e para onde você vai. Eu acho isso um grande problemas nos filmes, porque eles olham e não combina ou as emoções não estão lá. Então é ótimo ter alguém que está com o script e sabe o que quer. E ele realmente sabe o que quer. É um grande visionário neste sentido, as cenas e as preparações são ótimas. Ele tem um jeito único de colocar a câmera em alguns lugares. Ele fez ótimas cenas neste filme. Está especial. Está lindo.
Eles estão te dando mais trabalho que seria de dublê, usando menos dublê?
Milla: Bem, os dublês estão sempre em segundo plano de qualquer jeito. Mas sim, na maior parte do tempo quando estou no set, faço as cenas eu mesma. Faremos o ensaio com a Joanne, minha dublê. Algumas coisas ela faz, porque eles me deixam sair depois de um certo número de horas. Bla, bla, bla. Mas a maioria das cenas, eu mesma faço. A menos que a companhia de seguros não vá cobri-las.
Isso está aumentando cada vez mais?
Milla: Oh, sim. Fizemos uma grande cena semana passada no Mexicali que foi muito legal. Eu tenho que saltar de uma ponte para longe de um contêiner. Foi uma cena radical. Eu estava pendurada, é claro, mas não foi uma coisa Peter Pan. Havia a certeza de que se alguma coisa acontecesse, ele podia me reerguer. Mas eu basicamente fiz o salto e fiz uma aterrisagem difícil, então pareceu real. Gosto de fazer o mais realista possível, porque então não precisa refazer demais. Eu posso simplesmente reagir naturalmente, porque você pular desse jeito, tudo o que pode fazer é um “Ugh” ou nada. Não precisa complicar as coisas, então tento manter real.
O que você acha de refazer as cenas do primeiro filme?
Milla: Ainda não as filmamos. Vai ser neste estúdio no próximo mês.
Você está ansiosa para voltar e fazer ainda melhor?
Milla: Sim, definitivamente. Definitivamente. Eu não vi no que eles tem trabalhado para a cena do cachorro, mas o jeito como foi escrito parece bem legal. E é um grande trabalho, como onde ela acaba parando, capturada por aqueles sobreviventes e aquelas coisas estranhas, tipo rituais para Satan com símbolos na parede. É como o grupo pós-apocalíptico que meio que gosta de fazer sacrifício humano, esperando que as coisas melhorem. É bem legal, meio “Bruxa de Blair”.
E quanto a fazer o papel de duas Alices?
Milla: Fizemos uma cena onde sou jogada num depósito. Eles me jogaram cinco vezes. Eu disse: “Você está fazendo isso para dizer que me jogou cinco vezes, certo?”. Mas foi legal. “Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, lixo!”. Vai ser legal. Baixou minha guarda aquela parte do script, então acho que vai baixar a guarda do público também. Eu tive impressões interessantes quanto a isso, então vai ser legal. Vai ser ótimo ser fatiada por um laser.
O que acontece com você em vida real te ajuda com a Alice de vez em quando?
Milla: Bem, definitivamente tenho certeza disso. Quanto mais eu vivo, mais eu ganho experiência. Ajuda com cada filme, imagino. Cada partezinha conta, então acho que quanto mais velha eu fico, mais confortável estou comigo mesma. Não só comigo mesma, mas quem eu quero e não quero ser. Quem eu gostaria de tentar ser ou qualquer coisa do tipo e o isso é o que os filmes são para mim, encontrar diferentes partes de você dentro de você mesmo e brincar com elas. É assim a cada filme que eu faço, eu meio que tento encontrar isso na vida real, então definitivamente algumas situações me lembram da situação no script e eu penso: “Ok, apenas lembre de como você fez isso ou do que disse?”. Como quando eu fiz a audição para a comédia que não seria diferente 360 graus do que estou fazendo agora. Eu pensei: “Meu Deus, como vou entrar no clima e ficar doida, engraçada e rindo? Eu me sinto tão deprimida. Estou no deserto, com calor e ugh…”. E então quando eu começo a pensar nisso, “Apenas lembre-se de quando você fez aquela viagem em Magic Mountain. Como você estava então? Como foi? Que tipos de sons você fez? Como você estava reagindo? Tente ter a mesma sensação.” Então eu faço o possível para relacionar qualquer coisa com a minha vida.