Ano de nascimento: 1974
Tipo sanguíneo: B
Altura: 1,72m
Peso: 56kg
Aparições em títulos da série:
- Biohazard / Resident Evil Clássico (1996)
- Biohazard 3: Last Escape / Resident Evil 3: Nemesis (1999)
- Biohazard / Resident Evil Remake (2002)
- Biohazard / Resident Evil: Deadly Silence (2006)
- Biohazard / Resident Evil: The Umbrella Chronicles (2007)
- Biohazard / Resident Evil 5 (2009)
- Biohazard / Resident Evil: The Mercenaries 3D (2011)
- Biohazard / Resident Evil: Revelations (2012)
- Biohazard / Resident Evil: Operation Raccoon City (2012)
- Biohazard RE:3 / Resident Evil 3 (2020)
- Biohazard / Resident Evil: Death Island (2023)
Biografia e Participação na Série:
Jill Valentine iniciou na série como protagonista ao lado de Chris Redfield no primeiro game, lançado em 1996. Os acontecimentos bizarros nos arredores da cidade americana de Raccoon foram o plano de fundo para o surgimento da personagem que se tornaria se não a favorita, uma das queridinhas dos fãs de todas as gerações, sem mencionar Jill também como sendo a “menina dos olhos” do criador da franquia, Shinji Mikami.
Em 1998, a jovem de 23 anos era a especialista em aparatos explosivos da divisão especial de polícia chamada S.T.A.R.S. (Equipe, ou Serviço, de Resgates e Táticas Especiais), uma espécie de (SWAT) pertencente ao R.P.D., o Departamento de Polícia de Raccoon. Sua enorme habilidade com o arrombamento de fechaduras lhe conferiu o título já famoso de “Mestre do Arrombamento” (Master Of Unlocking). Apesar de ser a única mulher entre o grupo, ela é extremamente independente e destemida, mas seu lado mais feminino, meigo e acolhedor faz com que as pessoas ao seu redor criem um vínculo forte com ela, além de uma necessidade de protegê-la.
Em Julho de 1998, Jill e sua equipe, Alpha, são enviados à floresta da cidade para resgatar a equipe Bravo (composta por Enrico Marini, Rebecca Chambers, Richard Aiken, Forest Speyer, Kenneth J. Sullivan, Edward Dewey e o piloto Kevin Dooley). Eles haviam sido enviados primeiro para fazer investigações sobre os assassinatos bizarros que assolavam a cidade há cerca de dois meses, mas tiveram problemas no motor do helicóptero e foram forçados a fazer um pouso de emergência.
O que a equipe Alpha (composta pelo líder Albert Wesker, Joseph Frost, Barry Burton, Chris e ela, além do piloto Brad Vickers) encontrou, no entanto, foi uma conspiração encoberta por uma belíssima mansão no meio da mata: um laboratório no seu subsolo, que servia de fachada para que a empresa farmacêutica Umbrella Inc. pudesse fazer pesquisas ilegais com armas biológicas, longe do conhecimento do público. É aí que ela descobre que Wesker só está nos S.T.A.R.S. como informante da companhia, e até chantageara Barry para ajudá-lo a atingir seus objetivos, mentindo que sua família estaria com a Umbrella.
Sendo uma das sobreviventes ao caso que ficou conhecido como “Incidente da Mansão”, ela e seus companheiros viram motivo de risos, por parte da polícia local e da população da cidade, que não consegue acreditar em uma história tão absurda envolvendo zumbis, armas biológicas, criaturas mortais e principalmente no fato da Umbrella ser a responsável por tudo isso. No fim de Agosto, Chris deixa tudo para trás e segue no encalço de pistas que possam finalmente incriminar a Umbrella, seguindo para a Europa, enquanto Jill permanece na cidade e prossegue com a investigação.
O que ela não podia imaginar é que, mais uma vez, o pesadelo com zumbis voltaria para assombrá-la. Além disso, ela viraria alvo de uma criatura cujo único objetivo é o de eliminar os S.T.A.R.S. sobreviventes, para que nunca viessem novamente a público e não pudessem continuar com as investigações contra a empresa. Em 28 de Setembro, a Umbrella envia o Nemesis T-Type, sua mais avançada arma biológica, para caçar Jill no meio de uma Raccoon totalmente devastada e em quarentena, cuja população toda fora contaminada e virara um exército de mortos vivos perambulando sem rumo. Brad Vickers, ex-piloto da equipe de Jill, é morto por Nemesis na sua frente.
Ironicamente, ela se une a Carlos Oliveira, membro da U.B.C.S., equipe de emergência para casos de desastres biológicos da Umbrella, para encontrar uma rota de fuga da cidade dos mortos. Mesmo depois de ser infectada e curada por uma vacina preparada por Carlos, além de ser quase morta pelo membro da U.B.C.S., Nicholai Ginovaef, que tinha o objetivo de sair sozinho da cidade e receber um “bônus” da Umbrella, Jill consegue sair ilesa da cidade, salva por Barry Burton em um helicóptero. Segundos depois, Raccoon é dizimada por um míssil, enviado pelo governo para varrer a cidade do mapa. Ela segue ao encontro de Chris na Europa, e os dois criam forças definitivamente contra a Umbrella, para que outras cidades não tenham o mesmo destino de Raccoon City.
Alguns anos depois, em Fevereiro de 2003, vem o desfecho desta batalha épica por justiça. Jill e Chris se unem a uma organização regional de contenção do perigo biológico, e os rumores de uma produção de armas biológicas em massa os guiam para a região do Cáucaso, na Rússia, em uma das últimas instalações da Umbrella no mundo. Sua fachada é uma usina química da época da União Soviética, gerenciada por um alto executivo da Umbrella, Sergei Vladimir.
Os rumores se mostram verdadeiros, e Chris e Jill enfrentam inúmeras criações bizarras da Umbrella. Entre elas está a mais nova arma biológica, o T.A.L.O.S., um Tyrant controlado pelo sistema de segurança com inteligência artificial, a Red Queen. Ao derrotá-lo, eles finalmente apreendem o local e coletam as provas necessárias para acabar com a empresa de uma vez por todas, colocando a polícia mundial no encalço de Ozwell E. Spencer, o único dos fundadores da Umbrella que ainda estava vivo.
Jill, então, se tornou um dos onze membros originais na fundação de uma nova força antibioterrorista, a BSAA (Biohazard Security Assessment Aliance), “Aliança de Avaliação e Segurança de Perigo Biológico”. Assim, ela e Chris poderiam continuar a combater o bioterrorismo e a venda de armas biológicas no mercado negro.
No ano de 2005, Jill e Chris se envolvem em uma trama elaborada por seu superior, Clive R. O’Brian, e por Raymond Vester. O objetivo era desmascarar Morgan Lansdale, o presidente da FBC, Comissão Federal contra o Bioterrorismo, que estava secretamente envolvido na destruição da cidade de Terragrigia, vítima de um atentado bioterrorista no ano anterior. Jill e seu parceiro de missão na época, Parker Luciani, adentram o Queen Zenobia, um cruzeiro de luxo a deriva no Mar Mediterrâneo, seguindo as últimas coordenadas de Chris Redfield e sua parceira, Jessica Sherawat. De acordo com O’Brian, os dois haviam desaparecido enquanto investigavam o retorno das atividades da organização terrorista “Il Veltro”, responsável pelo ataque bioterrorista que culminou com o fim de Terragrigia um ano antes, em 2004.
Eles descobrem que os navios gêmeos Zenobia, Semiramis e Dido estavam sendo usados como bases da Veltro. Era no Queen Zenobia que o vírus T-Abyss era testado, e novas armas biológicas, assim como uma vacina, eram desenvolvidas a partir dele. Morgan era o financiador das pesquisas mantidas pela Veltro: ele fora o responsável pelo ataque a Terragrigia e ordenara a destruição da cidade com o satélite Regia Solis, com o intuito de mostrar ao mundo o quanto o bioterrorismo deveria ser levado mais a sério. Com isto, ele conseguiria com que a influência e o poder da FBC fossem aumentados exponencialmente.
Ele revela seus planos a Jill e Chris através de um monitor no laboratório secreto do Queen Zenobia, acreditando que os policiais não conseguiriam sair vivos de lá, mas os dois não apenas deixam o Queen Zenobia antes de sua destruição, como seguem as pistas que os levam ao Queen Dido, navio onde se encontra Jack Norman, o líder da Veltro. No momento em que os dois encontram Norman, ele já está infectado com o T-Abyss e sofre uma bizarra mutação. Jack também havia sido enganado por Lansdale e havia gravado um vídeo, contando tudo o que acontecera e o envolvimento de Morgan. Jill e Chris o derrotam e levam as evidências que incriminam Lansdale a público.
A FBC é, então, encerrada, e todos os seus fundos são transferidos para a ampliação da BSAA. Além disto, a organização passaria a agir sob a jurisdição da ONU.
Em 2006, ao receber informações do paradeiro de Spencer, Jill e Chris seguem até um castelo, onde supostamente o homem já de idade estaria. Ele seria finalmente preso e levado a júri popular, para ser julgado pelos crimes cometidos. O que encontraram, no entanto, foi o o fundador da Umbrella morto no chão pelo arqui-inimigo deles, Albert Wesker. Durante o confronto, quando Chris está prestes a ter o mesmo destino do velho Spencer, Jill se lança contra Wesker, e ambos caem pela janela, direto para um abismo.
Por muito tempo, o corpo de Jill é procurado em vão pela área e pelos arredores, mas nem o cadáver e nem seus pertences pessoais são encontrados. Sendo assim, no dia 23 de Novembro daquele ano, Jill é oficialmente declarada como morta em ação, com honras pelos serviços prestados a BSAA no combate ao terrorismo biológico.
Havia, contudo, uma razão para que nem os pertences e nem o corpo de Jill fossem encontrados nas buscas policiais: depois da queda, ela e Wesker haviam sobrevivido. Jill seria usada como cobaia para um novo projeto, o Plano Uroboros, e pra isso foi colocada em um coma induzido. Devido a este coma, a pele e a coloração dos cabelos de Jill sofrem uma descamação, e os fios passam de um tom escuro a um loiro bem claro. Durante as pesquisas de Wesker, são descobertos os anticorpos do T-Virus, adquiridos durante sua infecção em Raccoon City.
Wesker usou estes anticorpos a seu favor na criação do vírus Uroboros, diminuindo os efeitos venenosos do vírus Progenitor e aumentando sua aderência. Após a criação do Uroboros com os anticorpos de Jill, ela já não tinha a mesma utilidade de antes, mas ainda poderia servir para alguma coisa. Com a administração contínua da substância P30, descoberta durante as pesquisas, Jill passou a ser controlada e se torna uma serva de Wesker e dos executivos da companhia farmacêutica Tricell, Ricardo Irving e Excella Gionne, também envolvidos no Plano Uroboros.
O reencontro entre Jill e Chris vem com a ida de Chris a Kijuju, na África, em Março de 2009, para a prisão de Irving, traficante de bioarmas no mercado negro. Ao ver uma imagem de Jill em um palmtop de Irving, ele decide descobrir o que realmente aconteceu com ela e do que se trata aquela imagem. Wesker revela Jill a Chris, e é obrigada a liquidar Chris e sua parceira, Sheva Alomar. Depois de uma árdua batalha, Chris consegue arrancar o dispositivo preso ao peito de Jill, que injetava doses contínuas do P30 em seu organismo. Livre de sua servidão, Jill foge com Chris, Sheva e Josh Stone em um helicóptero, após um último confronto da dupla com Wesker.
Jill relata, em um e-mail enviado a Barry, que desde então vem sendo submetida a testes laboratoriais na BSAA para averiguar se sua saúde está ok ou se há traços virais perigosos em seu corpo. Além disso, não se sabe se ela ainda é apta a lutar no campo de batalha, após ter sido mantida como cobaia pela Tricell. Por esta razão, Jill passou um bom tempo sem se envolver diretamente em operações antibioterroristas.
Em 2015, Jill participa de uma missão da BSAA para encontrar o vetor de infecções misteriosas de T-Virus em várias pessoas, sendo o único elo entre elas o passeio turístico pela prisão de Alcatraz, em San Francisco. Seus anos fora do campo de batalha a tornaram uma pessoa mais impulsiva e menos tolerante, fazendo-a correr riscos desnecessário.
Jill se culpa o tempo todo pelos eventos de 2009, quando, sob o controle de Wesker, atentou contra a vida de seu grande parceiro. E apesar de Chris tentar argumentar contra, ela se mostra irredutível. Também pudera, os anos de experimentos de Wesker em Jill ativaram os anticorpos do T-Virus em seu corpo, e agora o tempo passava diferente para ela. Literalmente, já que ela não envelhece mais no mesmo ritmo dos seus companheiros de equipe.
Junto com Chris e Claire, ela se infiltra em um grupo de durante em um passeio por Alcatraz, onde, coincidentemente, pouco depois de chegarem, pessoas começam a se transformar em zumbis, mesmo sem serem mordidas e sem quaisquer sintomas da infecção. Jill acaba se separando de seus parceiros, mas alguns minutos após caminhar sozinha pelo subsolo do local, em busca de uma saída, ela acaba encontrando o agente americano Leon S. Kennedy (e, sim, eles já se conhecem de algum momento anterior no passado).
Infelizmente, eles não têm muito tempo de colocar o papo em dia, já que são interrompidos pela aparição de Lickers. Eventualmente, eles chegam a um laboratório, onde descobrem que estão usando nanodrones com T-Virus para infectar as pessoas, como se fosse uma picada de mosquito. É por isso que as pessoas se transformavam em zumbis sem serem mordidas.
Pouco depois, a dupla reencontra Chris e Claire, acompanhados do Dr. Antonio Taylor. Os três foram infectados e estão sofrendo com os efeitos do vírus. Leon também acaba sendo infectado, sendo Jill a única a ser poupada (até porque ela já tem o T em seu organismo). Diante dela está Dylan Blake, o responsável pelo experimento, um homem cheio de traumas, físicos e psicológicos, do seu passado em Raccoon City. Dylan os deixa para morrer, mas Jill vai atrás dele. No caminho, ela se encontra com Rebecca Chambers, que leva o antivírus para os seus amigos.
Dylan está prestes a concluir o estágio final de seu plano, quando Jill o encontra. Ele se infecta com o vírus bem diante de seus olhos, caindo na água e sendo engolido por uma enorme criatura, com quem se funde. Curados, os demais se reencontram com ela e dão cabo de Dylan: enquanto Jill, Chris e Leon o distraem com poder de fogo, Rebecca e Claire reprogramam os nanodrones contra o próprio Dylan.
Já do lado de fora da Alcatraz, Chris, Leon, Claire e Rebecca celebram o “retorno” de Jill, não a Jill soldado no campo de batalha, mas a verdadeira Jill que eles conhecem e amam.
O pai de Jill em “The Umbrella Conspiracy”:
O livro “The Umbrella Conspiracy” (A Conspiração Umbrella), escrito por S.D. Perry, é uma espécie de novelização do primeiro game da série, protagonizado por Jill. No início da história, é mencionado o seu passado, onde ela teria vivido com seu pai Dick Valentine, um ex-ladrão de bancos, julgado e condenado a uma pena de anos de reclusão. Jill teria aprendido o “dom” do arrombamento de fechaduras com ele, e seguiria os passos do pai, se não fosse pelo pedido do mesmo para que mudasse de vida e encontrasse um emprego digno, pois, nas palavras dele, “um Valentine na cadeia já era demais”.
Com as habilidades que tinha, foi facilmente aceita a ingressar nos S.T.A.R.S., passando a lutar pela lei e pela justiça. Isso teria deixado seu pai encarcerado imensamente feliz e orgulhoso dela. Ainda durante a trama, os ensinamentos de Dick a ajudam a resolver muitos enigmas da mansão, como o da ordem dos quadros na galeria.
Este plano de fundo do passado de Jill nunca havia sido confirmado pela Capcom em games ou livros oficiais, até que, no site europeu do relançamento do primeiro game para o Nintendo DS, o “Resident Evil: Deadly Silence”, o nome de Dick Valentine foi mencionado em sua minibiografia. Como o site pode ser terceirizado e os autores podem ter se baseado nos fatos da novelização, que não é canônica, esta versão do passado de Jill nunca foi oficializada, e sua veracidade continua uma incógnita aos fãs.