Jill Valentine, uma personagem tão querida e amada pelos fãs, vai finalmente retornar à franquia na animação Resident Evil: Death Island. Porém, a aparência de Jill causou muitos estranhamentos. Inicialmente, acreditou-se que ela só apareceria em cenas de flashback, mas, posteriormente, a Capcom revelou que a Jill tem um envelhecimento “diferente” das demais pessoas, por ser mais lento. Mas como isto acontece?
Quando a Jill apareceu pela última vez na série?
Resident Evil 5, cuja trama se passa em 2009, traz a última aparição de Jill nos jogos. Depois, tivemos um e-mail que ela enviou para o Barry como um “arquivo secreto”, em Resident Evil Revelations 2. E, desde então, nunca mais havíamos tido notícias sobre ela.
Qual é a explicação da Capcom para este “envelhecimento lento” de Jill?
Vamos falar sobre o motivo dado pela empresa, independentemente da roupa (e cabelo) que ela estar usando ser quase a mesma do Resident Evil 3 Remake. Sendo assim, não vou entrar no mérito da aparência da personagem, porque isto já dividiu opiniões o bastante.
O motivo, portanto, seria a infecção de T-Virus que Jill sofreu em Raccoon City. Em 1998, Jill foi infectada pelo Nemesis. Ela recebeu um antídoto de Carlos Oliveira e o seu corpo combateu o vírus, criando anticorpos. Porém, em 2006, na missão de busca de Ozwell E. Spencer (o então único fundador da Umbrella ainda vivo), Jill se joga em um abismo com Albert Wesker para poupar a vida de Chris Redfield, mas a queda não a matou. Então, Wesker resolveu usá-la nos seus experimentos com o Uroboros, conforme file de RE5:
“A queda não matou Jill e nem Wesker. Apesar de gravemente ferida e inconsciente, Jill foi salva por Wesker. Depois de dar o tratamento médico que ela precisava, ele a colocou em um sono criogênico. Assim que o Plano Uroboros estivesse finalizado, Wesker pretendia usá-la como a primeira cobaia de testes. Este era o modo de Wesker de realizar sua vingança.
Felizmente para Jill, a sorte estava de seu lado. O aparelho que monitorava seus sinais vitais detectou algumas anormalidades. Algo estava acontecendo dentro do corpo de Jill, e a curiosidade de Wesker se acendeu. Investigações posteriores mostraram que uma forma mutada do T-Virus ainda estava dentro de seu corpo. Era um resquício de sua infecção em Raccoon City. A cura que ela recebera deveria ter erradicado todos os traços do vírus de seu corpo, mas ao invés disso causou que o vírus fosse colocado em um estado de dormência. Seu período prolongado em sono criogênico de alguma forma reativou o vírus.
Pouco depois de ser reativado, o T-Virus desapareceu completamente de seu corpo, mas deixou outra coisa em seu lugar. Wesker descobriu que o corpo de Jill continha agora anticorpos poderosos ao vírus. Durante todos estes anos, o T-Virus que estava dentro de seu corpo o forçava a desenvolver um sistema de defesa que nada mais era que miraculoso. Esta descoberta mais tarde auxiliaria as ambições de Wesker.”
Esta novidade sobre as propriedades do T-Virus no corpo de Jill trouxeram, no entanto, outros questionamentos sobre a franquia. E o principal deles é:
Spencer queria tanto a imortalidade, e a resposta estaria justamente no vírus Progenitor/T-Virus? Não exatamente. Porque esta é uma mutação que aconteceu exclusivamente no corpo da Jill, pelo sono criogênico ao qual ela foi submetida por tantos anos e por causa dos experimentos feitos pela Tricell. Ou seja, não se trata “necessariamente” uma propriedade do vírus.
E por este “necessariamente”, precisamos abrir a exceção a Albert Wesker, que também manteve a sua aparência depois da infecção com o vírus Progenitor. No entanto, Wesker se mostrou compatível com o vírus. Vale lembrar que Alex Wesker também o recebeu, e um dos motivos de trabalhar no vírus T-Phobos era porque ela em si estava debilitada pelo Progenitor e queria sobreviver em outro “corpo”, digamos assim. Então, a taxa de aderência do vírus Progenitor é pequena. Até mesmo Wesker precisava de um soro, o PG67-AW, para manter o Progenitor “sob controle” em seu organismo, já que vírus mutam. Talvez, Spencer tenha feito testes com o vírus Progenitor e seu DNA/sangue, e descobriu não ser compatível com ele.
Ainda assim, se Spencer queria a imortalidade e conhecia a Mãe Miranda, uma mulher que conseguiu a imortalidade através do Megamiceto , por que ele não pediu a ela uma amostra do mofo (mutamiceto)?
Quer a explicação lógica? É simples, se trata de um furo na trama.
Agora, vamos para a explicação que os fãs trouxas (como eu) tentam encontrar para não enlouquecer: o Spencer poderia ser “orgulhoso demais” para usar do artifício de outra pessoa, ou talvez tivesse medo de se tornar submisso a Mãe Miranda e ao poder dela.