O Wesker’s Report é um relatório de Albert Wesker, revelado como material complementar oficial durante o quinto aniversário da franquia Resident Evil, em 2001. Sua canonicidade é discutida até hoje.
Tradução | Transcrição:
Meu nome é Albert Wesker.
Eu ansiava me tornar um grande pesquisador-chefe na Umbrella Inc. Uma empresa farmacêutica que conduz secretamente o desenvolvimento de Armas Biológicas, mais conhecidas como B.O.W.. Mas na base de treinamento e desenvolvimento de líderes, situada em Raccoon City, eu conheci um pesquisador brilhante e talentoso que decidiu seguir um caminho diferente. William Birkin.
Imediatamente, eu passei a integrar os S.T.A.R.S., uma unidade especial do Departamento de Polícia de Raccoon. A Umbrella, por problemas administrativos no desenvolvimento ilegal de Armas Biológicas, tinha muitas pessoas de sua equipe trabalhando no departamento de polícia.
Eu me tornei o líder dos S.T.A.R.S. e conduzi todos os tipos de atividades de inteligência para a Umbrella. Enquanto continuava a servi-los, eu trabalhava em meus próprios planos e esperava a hora certa para executá-los.
Então, finalmente, a oportunidade chegou.
– 1998 – Julho – 24/07 – (– 1998 – July – 7.24 –)
Os insanos incidentes de assassinatos que ocorreram na floresta, próxima a mansão, foram o início de tudo. A mansão era um laboratório secreto de B.O.W. e estava claro que o mau desenvolvimento do T-Virus fora a causa das mortes.
Inicialmente, a Umbrella me instruíra secretamente a manter os S.T.A.R.S. fora do caso, mas com as emoções exaltadas dos cidadãos, os S.T.A.R.S. não tiveram outra escolha a não ser ingressar nele.
Foi quando minha ordem seguinte foi dada. Levar os S.T.A.R.S. à mansão, me livrar deles e então informar a situação ao quartel general para que os combates deles contra as B.O.W.s pudessem ser usados como dados de análise, permitindo à Umbrella um quadro de compreensão das habilidades de combate das B.O.W.s.
Das duas equipes dos S.T.A.R.S., eu despachei primeiro a equipe Bravo. Como esperado, a elite dos S.T.A.R.S. deu o seu melhor e eles se tornaram dados de amostra úteis. Então, em seguida, eu enviei a equipe Alpha para “procurar e resgatar” a equipe Bravo perdida. Os membros da equipe Alpha também demonstraram seu valor e, como eu esperava, muitos morreram.
Sobraram cinco sobreviventes dos onze membros iniciais dos S.T.A.R.S.. Da equipe Alpha eram Chris Redfield, Jill Valentine e Barry Burton. E da equipe Bravo, eram Rebecca Chambers e Enrico Marini.
Era hora de começar a executar meus planos. Em meio aos acontecimentos, eu poderia pegar a mais poderosa arma biológica da Umbrella, o Tyrant, e unir forças com uma corporação rival à Umbrella. Para comprar esta corporação rival, eu precisaria dos dados de combate do Tyrant.
Os membros sobreviventes privilegiados dos S.T.A.R.S. eram a cobaia perfeita. Eu decidi fazer um deles bancar o Judas e guiar os outros até o Tyrant.
Este Judas foi o Barry.
Barry era do tipo forte de verdade e justiça e amava sua família mais do que qualquer outra coisa. Seu tipo é fácil de manipular. Eu apenas tirei a coisa mais importante dele. Meu único erro de cálculo foi o grande potencial de Chris e Jill. Mas com o homem de família Barry bancando o Judas, o plano seguiu como o planejado.
Então, os ventos mudaram repentinamente. Eu tive que eliminar Enrico, que descobriu o que estava por trás de tudo. Usei Barry para chegar até ele. Depois de me livrar com sucesso daquele irritante, esperei a amostra do espécime que Barry traria para mim na sala do Tyrant.
Eu injetei o vírus que recebi de Birkin, antes de tudo. Se eu fizesse com que a Umbrella acreditasse que eu estava morto, seria muito mais conveniente para me vender à corporação rival. De acordo com Birkin, o vírus tinha efeitos profundos. Ele colocaria meu corpo em um estado de “morte” temporária. Em seguida, me traria de volta à vida com poderes sobre-humanos. Para isso, eu liberei um incrível Tyrant de seu sono e deixei que ele me atacasse.
Enquanto minha consciência se esvaia, eu estava certo de que todo o meu plano acabaria dando certo.
Eu nunca imaginei que os S.T.A.R.S. pudessem derrotar a criação do mal. Eu perdi o Tyrant e o plano que criei e custara minha humanidade acabou falhando. Agora, tudo e todos que entrarem em meu caminho serão exterminados. Foi assim por um bom tempo e sempre será. A qualquer custo, eu tinha que fazer os S.T.A.R.S. pagarem.
– Setembro –
Dois meses se passaram desde o incidente da mansão. Para recuperar tudo o que havia perdido em minha nova organização, eu juntei forças com Ada Wong, uma agente que também fora enviada para espionar a Umbrella.
Eu sabia dentro de mim que William Birkin era o desenvolvedor-chave, mas o que ele não sabia era que a Umbrella não gostava de brincadeiras… com ninguém. Em algum momento, Birkin seria assassinado, e o G-Virus estaria nas mãos da Umbrella.
Mas a equipe de resgate liderada por Hunk foi na nossa frente. No momento em que chegaram até Birkin, ele se injetou com o G-Virus… Ele se tornou sua própria criação, e os liquidou.
Pouco depois, o T-Virus levado pelos ratos se espalhou por toda a cidade de Raccoon, e a Umbrella se viu diante de sua pior situação.
– 28.09 –
Os bons cidadãos se tornaram zumbis, e a cidade caminhava para seu destino de devastação. Humanos não eram páreo contra os zumbis.
No meio do caos, a Umbrella da Europa enviou um novo tipo de B.O.W., chamada “Nemesis”. O Nemesis caçaria e destruiria a sobrevivente dos S.T.A.R.S., Jill. Tornou-se obrigatório que nossa organização também obtivesse os dados de Nemesis.
– 29.09 –
Para encobrir toda a situação, a Umbrella enviou um Tyrant para cuidar de Leon e Claire, que estavam tentando desvendar os segredos deles.
E então, uma nova revelação. Birkin costumava esconder as descobertas de seus estudos no pingente de sua filha Sherry. Era bem possível que o G-Virus estivesse lá. Enquanto a Umbrella estava ocupada encobrindo tudo, tínhamos que capturar Sherry antes deles. Enviei Ada disfarçada para descobrir a localização de Sherry. Eu, o “homem morto”, por outro lado, tinha que trabalhar nas sombras.
A obrigação e prioridade de um espião é a sua missão, seguir a missão como uma máquina, sem quaisquer interferências emocionais.
Mas com a interação e o envolvimento dela com Leon S. Kennedy, um sentimento começou a crescer dentro dela.
Meus instintos sentiam perigo, algo precisava ser feito, e rápido. Meus instintos não me decepcionaram. Apesar de Ada quase ter colocado as mãos no G-Virus, que Leon havia obtido de Sherry, aquele sentimento a levou à morte. Mas ela ainda era um tanto útil. Eu tinha que salvar sua vida. Meu pessoal correu para recuperar o G-Virus que Leon jogou fora. Mas Hunk, o único sobrevivente da equipe de resgate da Umbrella, chegou antes de nós.
– 30.09 –
A única opção que nos restava era trazer Birkin, o monstro, de volta, como espécime de amostra e fazer com que ele acabasse com Leon e Claire para obter os dados de combate. Mesmo com Birkin tendo perdido a batalha para Leon e Claire, conseguimos amostras do G-Virus de seu corpo.
– 01.10 –
Pela manhã, o governo bombardeou a cidade de Raccoon numa tentativa de impedir a epidemia viral. Esta, claro, era uma desculpa.
Mais tarde, Claire partiu para a Europa para encontrar seu irmão desaparecido Chris, e Leon uniu forças com uma organização clandestina anti-Umbrella.
Sherry está salva em nossas mãos. Eu nunca subestimaria o Birkin.
Tem algo nesta garotinha…
Versão original em inglês:
My name is Albert Wesker.
I aspired to become a leading researcher at Umbrella Inc. A pharmaceutical enterprise who covertly conduction Bio Organic Weapons, better known as B.O.W., for development. But at the leader development training ground situated in Raccoon City, I met a brilliant and talented researcher who decided to take a different path. William Birkin.
In time I shifted my position to S.T.A.R.S., a special forces unit of the Raccoon Police Department. Umbrella, for crisis management reasons of their illegal Bio Organic Weapons development had many of it’s people working in the police department.
I became the leader of S.T.A.R.S. and conducted all sorts of intelligence activities for Umbrella. As I continued to serve I devised my own plans and waited for the right time to execute them.
Then at last, opportunity knocked.
– 1998 – July – 7.24 –
The freak murder incidents had occurred in the forest near the mansion started it all. The mansion was Umbrella’s secret BOW laboratory and it was clear that the indevelopment T-Virus was the cause of the murder.
Initially, Umbrella instructed me secretively to keep S.T.A.R.S. out of the case, but with the heightened emotions of the citizens S.T.A.R.S. had no choice but to move in.
That was when my next order was given. Dispatch S.T.A.R.S. to the mansion, dispose of them, then report the situation to headquarters so that their combat with the B.O.W. could be used for data analysis allowing Umbrella a comprehensive portrait of the B.O.W.s combat abilities.
From the 2 S.T.A.R.S. teams I first pitched in the Bravo Team. As expected, the top elite of S.T.A.R.S. gave all they had and became useful sample data. Then following, I geared up the Alpha Team to “search and rescue” the lost Bravo Team. The members of the Alpha Team also proved their worth and as expected many died.
There were 5 Survivors from the initial 11 S.T.A.R.S. members. From the Alpha Team were Chris Redfield, Jill Valentine, and Barry Burton. And from the Bravo Team were Rebecca Chambers and Enrico Marini.
It was time to begin executing my plans. In the midst of the whole affair I could take Umbrella’s ultimate bio organic weapon, the Tyrant, and join forces with an opposing corporation of Umbrella. To buy into that opposing corporation I would need the actual combat data of the Tyrant.
The surviving privileged members of S.T.A.R.S. were just the perfect bait. I decided to have one of them play the Judas and draw them to the Tyrant.
That Judas was Barry.
Barry was the strong truth and justice kind and cherished his family more than anything. His type is easy to manipulate. I just took that most important thing away from him. My only miscalculation was the high potential of Chris and Jill. But with the family man Barry playing Judas the scheme went as planned.
Then the winds turned unexpectedly. I had to eliminate Enrico who found out what was behind it all. I used Barry to get to him. After I successfully got rid of that nuisance I awaited the sample specimen that Barry would bring to me in the Tyrants room.
I injected the virus I obtained from Birkin in advance. If I made Umbrella believe I was dead it made it far more convenient to sell myself to the opposing corporation. According to Birkin the virus had profound effects. It would put my body in a state of temporary “death.” It would then bring me back to life with super human powers. Therefor I unleashed an awesome Tyrant from its slumber and let it attack me.
As my consciousness faded away I was certain that the whole scheme would end in success.
Never did I imagine that S.T.A.R.S. could slay the evil creation. I lost the Tyrant and the plan I devised which cost me my humanity ended in failure. Now anything and anyone who stood in my way would be terminated. It’s been that way for a long time and it always will be. At all costs I had to make STARS pay.
– September –
Two months had passed since the mansion incident. To regain everything I had lost in my new organization I joined hands with Ada Wong, a female agent who was also sent to spy on Umbrella.
I knew in my bones that the key developer was William Birkin, but what he didn’t know was that Umbrella did not play games… with anyone. Eventually, Birkin would be assassinated, and the G-Virus would be in the hands of Umbrella.
But the salvage team led by Hunk was ahead of us. By the time they got to Birkin, he’d already injected himself with the G-Virus… he became his own creation, and decimated them.
Soon after, the T-Virus carried by rats spread throughout Raccoon City, and Umbrella faced its worst scenario.
–09.28–
The good citizens became zombies, and the city had headed for its devastating fate. Humans were no match against zombies.
In the chaos, Umbrella Europe applied a new type B.O.W., called “Nemesis”. The Nemesis would hunt down and destroy the surviving member of S.T.A.R.S., Jill. It became imperative that our organization would also obtain the Nemesis data.
–09.29–
To cover up the whole affair, Umbrella jettisoned a Tyrant to take care of Leon and Claire, who were trying to unveil their secrets.
Then, a new revelation. Birkin used to hide the findings of his studies in his daughter Sherry’s pendant. It was very possible that the G-Virus was there. While Umbrella was busy with their cover up, we had to capture Sherry before they did. I sent Ada undercover to seek the location of Sherry. I, the “dead man” on the other hand, had to work in the shadows.
A spy’s obligation and priority is in the mission, to carry out the mission like a machine without any emotional interference.
But through her interaction and involvement with Leon S. Kennedy, there’d been an affection growing inside her.
My instincts sensed danger, something had to be done, quickly. My instincts did not disappoint me. Even though Ada almost had her hands on the G-Virus, which Leon had acquired from Sherry, that affection of hers drove her to her death. But she was still of some use. I had to save her life. My people hurried to retrieve the G-Virus that Leon threw away. But Hunk, the only survivor of Umbrella’s salvage team, was there before us.
– 09.30 –
Our only option left was to bring back Birkin, the monster, as the sample specimen and have him finish off Leon and Claire in order to obtain his combat data. Although Birkin lost the battle to Leon and Claire, we succeeded in gathering samples of the G-Virus from his dead body.
–10.01–
In the morning the government bombed Raccoon City in an attempt to stop for the viral outbreak. This was, of course, their feigned reason.
Later, Claire left for Europe to find her lost brother Chris, and Leon joined forces with a underground anti-Umbrella organization.
Sherry is safe in our hands. I would never underestimate Birkin.
There’s something about this little girl…